sexta-feira, 30 de maio de 2008

Passadinha rápida!!!

Quero alertar que estou repetindo a publicação que fiz no meu blog pessoal e deixar claro que a postagem é de cunho pessoal meu.


Pessoas...estou passando rapidinho pra dizer que o evento VIVA A MATA 2008 tá um show...
...Quem não for, vai perder a ótima oportunidade de se informar sobre o que está acontecendo com a nossa mata atlântica, (quer dizer: com o que ainda resta dela, e da fauna que nela habita) e vai perder a oportunidade também de saber que algumas mudanças simples no nosso dia- à-dia podem salvar nosso meio ambiente. Precisamos ter mais de consciência sobre as consequências dos nossos atos e já deveriamos há muito tempo ter começado à conter essa degradação inconscequênte do planeta. Sabe, não é de hoje que eu tenho comigo esta causa mais do que nobre...acho que os soldados do Corpo de Bombeiros daqui do bairro onde moro, e bairro natal e sede da ONG PUERAS (Cidade Tiradentes Z/L) já estão cansados de receber ligações minhas avisando sobre incêndios na mata, pois aqui ainda restam alguns "pedacinhos" de mata atlântica. São áreas que fazem divisa de São Paulo com Ferraz de Vasconcelos, e que a prefeitura e a população ""AINDA"" não ocuparam para construir mais COHABS/CDHUS ou "casas" de invasão. Moro aqui há 24 anos e quando cheguei aqui, era tudo tão lindo, quase intocado, tinha tanto verde, o lugar, apesar de ser considerado "bairro dormitório" por ser afastado do grande centro comercial da cidade de São Paulo, era uma delícia, ar puro, e eu, quando criança, adorava esse espaço todo pra passear com meu pai pela mata...me balancei em cipós, bebi água de bambú, comi palmito (na época tinha muito - muito mesmo - aqui), tinham várias nascentezinhas com peixinhos (inacreditável, mas é verdade), chegamos até a ver macacos por aqui. E agora, quando olho, só vejo prédios, casas, asfalto, invasões, e volta e meia...aquela fumaça horrível dos incêndios. Isso me entristece muito. A criançada de vez enquando, adora "por um foguinho no mato", mas na maioria das vezes, os incêndios são causados por pessoas que querem eliminar a vegetação para invadir, demarcar terrenos e construir casas sem a menor infra-estrutura urbana, e depois vão até à prefeitura ou às emissoras de TV reclamar que a prefeitura não faz a sua parte, cuidando da iluminação, saneamento e pavimentação das ruas. E a prefeitura, por sua vez, não realiza fiscalização quanto à essa questão das invasões. E assim as favelas, hoje delicadamente chamadas de "Comunidades Carentes" vão crescendo cada vez mais, sem controle algum. Não sei se tenho conhecimento suficiente pra abordar o assunto da maneira como fiz nessa publicação, porém, como cidadã e amante do meio ambiente, estou escrevendo somente o que eu tenho observado à anos. Me lembro de ter discutido com um conhecido sobre esse assunto dos incêndios aqui na Cidade Tiradentes, e me lembro dele ter dito que era um exagero eu me preocupar com isso e que eu deveria me preocupar com o desmatamento na amazônia que "essa sim é importante" - essas foram as palavras dele, não preciso nem comentar nada, não é?
Enfim, deixo registrada aqui, essa postagem pra reflexão - "se é que eu posso assim dizer"!

Só mais uma consideração: Todos nós sabemos do problema social da falta de moradia para as pessoas que não tem condições financeiras de adquirir sua casa, mas estas mesmas pessoas não podem pensar que por possuírem baixíssima renda, ou renda nenhuma, têm o "direito" de invadir um terreno privado ou público pra construir suas casas de qualquer jeito. Elas têm sim o "direito à moradia, mas NÃO DESSA FORMA, não é?

Lembre-se: O Nosso direito termina onde começa o direito do próximo!

Agora sim...por hoje chega.

(É...rsrs, era pra ser uma passadinha rápida!!!)

No mais, compareçam ao Viva a Mata 2008, garanto que vocês não vão se arrepender.

foto: http://www.sosma.org.br/blog

terça-feira, 27 de maio de 2008

VIVA A MATA 2008 - de 30 de maio a 1 de junho

Estamos mais um ano participando deste evento maravilhoso que é o VIVA A MATA. O evento que está na sua quarta edição, terá uma programação cheia de coisas bacanas. O evento começa na próxima sexta 30 de maio, mas nós da ONG Pueras, já estamos lá realizando a gestão de resíduos sólidos recicláveis desde ontem 26/05, quando começou a montagem dos estandes.


Agende-se para o Viva a Mata 2008: de 30 de maio a 1º de junho das 10h. às 18h. na Marquise do Parque Ibirapuera, em São Paulo.


A Fundação SOS Mata Atlântica realiza de 30 de maio a 1º de junho a quarta edição do Viva a Mata – mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica. O evento, que no ano passado levou cerca de 75 mil pessoas, acontece mais uma vez na Marquise do Parque Ibirapuera e é totalmente gratuito. Com apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, a exposição reúne ONGs que atuam em várias regiões com projetos pela conservação da Mata Atlântica. Além dos estandes temáticos o público pode participar de debates, palestras, oficinas, maquetes interativas, peças de teatro e outras manifestações artísticas. Agende-se e participe. Mais informações pelo email comunicacao@sosma.org.br

Programação:


Estandes temáticos:
Empresas pela Mata Atlântica, Viveiros, Restauração florestal, Água, Educação ambiental, Túnel dos sentidos, Costa Atlântica, Reservas particulares, Conservação regional, Espécies da Mata, Mata Atlântica vai à Escola, Lagamar, Reciclagem e Produtos sustentáveis

Estandes institucionais

SOS Mata Atlântica, Colgate-Palmolive, Tintas Coral, Bradesco, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

Gestão dos resíduos: ONG Pueras


I. CICLO DE DEBATES – Auditório do MAM

Sexta (30 de maio)

10h30 – Painel – Pacto pela restauração da Mata Atlântica


12h – Lançamento do selo Neutralização de carbono (SOS Mata Atlântica e Instituto Totum)


14h – Painel – Unidades de Conservação da Mata Atlântica


16h30 – Painel – Reservas particulares: cenários e perspectivas


18h – Prêmio Muriqui


Sábado (31 de maio)


14h30 – Painel – Áreas marinhas protegidas no Brasil – lançamento do segundo edital


16h30 – Painel - Projetos e Políticas Prioritárias para a Conservação da Mata Atlântica: propostas da sociedade civil


Domingo (1 de junho)


14h30 – Painel – Frente Parlamentar Ambientalista


16h – Painel – Plataforma Ambiental

II. Auditório da Marquise Sexta

11h – Palestra – “Políticas públicas para a Mata Atlântica: Plataforma Ambiental e Agenda Ambiental Voluntária” – Mario Mantovani, Beloyanis Monteiro e Flavio Ojidos

12h – Palestra – “De Olho no Mata: simulação da elevação do nível do oceano” – Marcos Reis Rosa e Eduardo Reis Rosa (Arcplan)


13h – Palestra – “Novos dados do Atlas da Mata Atlântica” – Márcia Hirota (SOS Mata Atlântica) e Flavio Jorge Ponzoni (INPE)


14h – Palestra - Instituto Chico Mendes – Ações para a Conservação Marinha – Palestrante: Rômulo Mello – Diretor de Conservação da Biodiversidade – ICMBio


15h – Palestra – “Voluntariado corporativo: a experiência do Clube da Terra” – Sueli Freitas

16h – Palestra – “Ecocamarada: o programa de voluntariado da Câmara dos Deputados” – Juliana, Jacimara, Lidia e Beloyanis Monteiro

17h – “Manual de alternativas para o manejo sustentável da palmeira juçara” – Fundação Florestal


Sábado


10h – Observação de aves – SAVE Brasil – inscrições pelo email tatiana.pongiluppi@savebrasil.org.br


11h – Palestra – A Educação Ambiental na cidade de São Paulo – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente


12h – Palestra – Aliança Brasileira para a Extinção Zero – Sítios Baze da Mata Atlântica – Fundação Biodiversitas

13h – Palestra – Transporte e meio ambiente – Jorge Miguel, diretor-executivo da Use Bus


14h – Palestra – Neutralização de CO2


15h – Lançamento de livro – “Voluntariado socioambiental - História, experiências e práticas na Fundação SOS Mata Atlântica”

16h – Palestra – Voluntariado corporativo


17h – Vídeos – “Projeto Saracura” e “Deletado ou Excluído” (Projeto Visão Lateral 8.0, criado por alunos da ONG Vento em Popa)


18h – Ato – Respira Brasil!


Domingo

10h às 12h – Painel – “Projetos de conservação de espécies marinhas”


12h – Palestra – A Educação Ambiental na cidade de São Paulo – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente


13h – Oficina – Voluntariado em Unidades de Conservação


14h – Palestra – Resultados CEPF Mata Atlântica – Ivana Lamas


15h – Painel – “RPPNs: desafios e conquistas”


16h – Palestra – Mar Sem Fim – João Lara Mesquita


17h – Palestra – Econsenso

18h – Ciranda de encerramento


III. Palco / Arena

Sexta

10h – Abertura oficial com fanfarra da Fundação Bradesco

11h – Ecoflex (alongamento Ecofit)


12h – Performance – Dragão do consumo (Ecofit) – sai da arena e passeia pela exposição


13h – Performance – Homem saco


14h – Coral Guarani (Ecofit)

15h – Vivência na Mata – Valéria Rusticci
16h – Oficina “Como plantar” e distribuição de mudas de palmito-juçara

17h – Bate-papo: Patrícia Palumbo entrevista Wanessa Camargo


Sábado


10h – Yoga (Ecofit)


11h – Performance – Dragão do consumo (Ecofit) – sai da arena e passeia pela exposição


12h às 13h30 –Teatro – “Liberdade” – Escola Estadual Eloi Lacerda


13h30 – Performance – Homem saco


14h – Oficina – “Salve com um abraço – cooperando com os muriquis” – Instituto Supereco

15h – Oficina “Como plantar” e distribuição de mudas de palmito-juçara


16h – Teatro “Mágico de Oz na Mata Atlântica” – Clube da Terra da Tintas Coral


17h – Bate-papo: Patrícia Palumbo entrevista Oscar Bressane / monge zen budista Dorin e Fauzi (Tribo de Jah)


18h – Ato – Respira Brasil!

Domingo

10h – Tai-chi-chuan (Ecofit)


11h – Dragão do consumo (Ecofit) – sai da arena e passeia pela exposição


11h30 – Roda de conversa – Desenvolvimento comunitário baseado em talentos locais (Bellô Monteiro e Marialice Piacentini)


13h às 15h – Oficina de confecção de brinquedos com materiais recicláveis


15h – Teatro – “Vamos passear na floresta enquanto o seu homem não vem” – Educa Mata Atlântica


16h – Oficina “Como plantar” e distribuição de mudas de palmito-juçara


17h – Bate-papo: Patrícia Palumbo entrevista Tetê Espíndola e Beto von Poser


18h – Ciranda de encerramento



fonte: S.O.S. MATA ATLÂNTICA



quinta-feira, 22 de maio de 2008

Exposição Internacional de Tecnologia para Indústria Cosmética e Farmacêutica.

Estamos à todo vapor em mais uma feira de exposições, desta vez no Transamérica Expo Center.
Exposição Internacional de Tecnologia para Indústria Cosmética De 27 à 29 de maio de 2008 Horário: Das 12h às 19h Local: Transamérica Expo Center Pavilhão A, Pavilhão B Preço de Entrada: Sob Consulta Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica De 27 à 29 de maio de 2008 Horário: Das 12h às 19h Local: Pavilhão C, Pavilhão D, Pavilhão E, Mezanino Preço de Entrada: Sob Consulta Endereço: Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro - CEP 04757-020 Acesso pela Av. das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), 18.591 - Ponte Transamerica

terça-feira, 13 de maio de 2008

"METARECICLAGEM" - Um novo conceito de troca de idéias.

MetaReciclagem é principalmente uma idéia. Uma maneira muito interessante de reunir pessoas com idéias em comum para troca de idéias sobre preservação ambiental. Uma idéia sobre a apropriação de tecnologia em busca de transformação social. Esse conceito abrange diversas formas de ação: da captação de computadores usados e montagem de laboratórios reciclados usando software livre, até a criação de ambientes de circulação da informação através da internet, passando por todo tipo de experimentação e apoio estratégico e operacional a projetos socialmente engajados. "Nós somos uma aglutinação de pessoas que fazem MetaReciclagem. Esse grupo emergiu descentralizadamente da rede. Não foi uma reunião de notáveis que criou um grupo, foram pessoas que se aproximaram porque tinham interesses e perspectivas em comum. Ou seja, MetaReciclagem é uma metodologia, um nome que algumas pessoas usam para definir e identificar uma maneira de lidar com a tecnologia, e que tem por objetivo a apropriação tecnológica para a transformação social. MetaReciclagem, estruturalmente, aproxima-se mais de um movimento que surgiu de baixo para cima e que permanece aberto a quem quiser participar. É por isso que a MetaReciclagem não tem sedes, mas Esporos: pessoas que fazem MetaReciclagem em um lugar. Outras pessoas ficam sabendo, decidem fazer MetaReciclagem em outro lugar e saem fazendo. E não precisam passar por um processo longo de aprovação, basta conversar com todo mundo na lista e pronto".
fonte: Metareciclagem

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dados da Gestão Ambiental na feira ABRIN 2008.

Projeto da Francal Cidadania, área de Responsabilidade Social Empresarial da Francal Feiras, realizado em parceria com a Ong Pueras, reciclou oito toneladas de resíduos e beneficiou 64 famílias.

Durante toda a ABRIN 2008 – 25a Feira Nacional de Brinquedos, inclusive na montagem e desmontagem, a Francal Cidadania – área de Responsabilidade Social Empresarial da Francal Feiras – manteve em funcionamento o Projeto Reciclagem – Coleta Seletiva em Pavilhão.

A ação, presente em todas as feiras realizadas pela promotora, consiste em dar destinação adequada aos resíduos sólidos gerados no pavilhão por meio da parceria com entidades especializadas neste tipo de trabalho.

Na ABRIN, a Ong Pueras ficou responsável por todo o processo, desde a separação inicial do lixo dentro do pavilhão até a pré-triagem, que consiste na classificação dos resíduos em recicláveis e rejeitos.

Depois, o material reaproveitável foi embalado e transportado para a Cooperativa de Catadores Viva Bem para a separação por tipo – vidro, plástico, papel – prensagem e comercialização.

Ao final, oito toneladas de material reciclável deixaram de ser descartadas nos aterros sanitários e se converteram em renda para 64 famílias ligadas à cooperativa. Além disso, 90 m3 de madeira também foram encaminhados à empresa MadeVila para beneficiamento e reaproveitamento.

A parceria com a Pueras vai estender-se a todas as feiras de negócios realizadas pela Francal ao longo de 2008, sendo a próxima a Bio Brazil Fair e Natural Tech, de 1 a 4 de maio.

No ano passado, 30 toneladas de resíduos gerados nas feiras de negócios tiveram uma destinação ambientalmente correta por meio do projeto Reciclagem – Coleta Seletiva em Pavilhão, da Francal Cidadania.

fonte: Abrin 2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Catadores X Cooperativas de Reciclagem



A publicação de hoje irá abordar um tema muito comum e visível aos olhos de todos: São os recicladores de rua. Sim, aqueles com as carrocinhas, que ficam revirando lixo na rua procurando por papelões, latinhas de alumínio. Essa visão já faz mais do que parte do nosso cotidiano. Quem nunca viu uma pessoa praticamente entrar numa lixeira pra pegar latinhas, pets ou papelão? Bom, o fato é que o número de pessoas que dependem disso pra sobreviver é muito maior do que a gente imagina. Não existem números exatos, mas segundo dados fornecidos pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) calcula-se que existam de 300 mil a 1 milhão de catadores em atividade no país.
A população brasileira gera diariamente cerca de 126 mil toneladas de lixo de consumo (excluindo dejetos industriais e empresariais). Não fossem os catadores, essa impressionante pesagem de lixo acabaria integralmente em aterros sanitários e lixões.

Os Catadores - são geralmente pessoas que não tem emprego, e algumas não possuem moradia, muitos são confundidos com mendigos ou marginais, sobrevivem vendendo os materiais recicláveis que "catam por aí". A maioria deles chega a percorrer cerca de 30 quilômetros por dia, com suas carrocinhas, debaixo de chuva e sol, puxando até 400 quilos (o peso da carroça cheia), e tudo isso para ganhar de um a dois salários mínimos por mês . O que as pessoas não se dão conta é que esses "catadores" na verdade prestam um grande serviço à sociedade. Na cidade de São Paulo, por exemplo, cerca de 20 mil catadores desviam dos lixões oito mil quilos de materiais por dia ( dados de 2007).
Vale saber que: neste processo temos vários problemas embutidos nessa atividade como por exemplo; o contato dos catadores com os lixões, sem cuidados com a higiêne e comprometendo sua saúde e integridade física por conta de objetos cortantes (vidros quebrados, madeira, pregos, plasticos rígidos entre outros). Muitas vezes essas pessoas não usam calçados ou roupas adequadas para manipular os resíduos por falta de condições ou de informação, e ainda por cima, comem alimentos achados no lixo. Temos também as crianças envolvidas nesse quadro em igual situação à de seus pais que muitas vezes levam junto os seus filhos para ajudarem na caça aos materiais recicláveis". Famílias inteiras recolhendo juntos os materiais. E geralmente eles só recolhem latinhas de refrigerantes, papelão, pets e objetos de ferro, devido à facilidade de comercialização.

Os atravessadores se aproveitam da frágil estrutura organizacional dos catadores e abocanham 75% do faturamento gerado pela reciclagem, segundo dados do Instituto Polis. E os catadores, por sua vez, sem conhecimento, ficam com apenas 25% da receita (e com todo o trabalho pesado é claro). Será vale a pena? Na maioria dos casos, não se trata de escolha, e sim de luta pela sobrevivência. Quem não consegue empregos melhores, mas tem família para criar, acaba virando catador.

Apesar da insalubridade, da repugnância da sociedade à quem mexe no lixo, do desprestígio social e da baixa remuneração, o dinheiro para atender necessidades latentes, vêm em curto prazo. É por isso que proliferam-se, pela maioria dos centros urbanos do País, as cooperativas de catadores de materiais reciclados. Organizados, os catadores têm obtido resultados expressivos no sentido de melhorar suas condições de trabalho e sua remuneração.


Bom, onde queremos chegar? *Nas "Cooperativas de Catadores"
 
*O QUE É UMA COOPERATIVA?
 
Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

"A cooperação como meio de sobreviver à crise"
 
Na Inglaterra, na época da Revolução Industrial, existiam muitas fábricas cheias de operários carregados de problemas e necessidades, pois enquanto as fábricas prosperavam, os operários viviam quase na miséria: muitas horas de trabalho, salário muito baixo, desemprego, fome, etc. E então, em meio a todos estes problemas, alguns operários resolveram se reunir para procurar uma solução e sentiram que só através da cooperação poderiam sobreviver à crise. Através da União de 28 tecelões (operários), é criado um pequeno armazém cooperativo de consumo: a "Sociedade dos Eqüitativos Pioneiros de Rochdale". E aí foi lançada a semente do Cooperativismo, em Rochdale, 1844.  

Princípios do Cooperativismo  

1 - Adesão Livre As portas de uma cooperativa devem estar sempre abertas a entrada ou saída de pessoas de uma determinada categoria que partilham objetos comuns, bastando ao interessado que respeite o Estatuto Social estabelecido pelo grupo. 

2 - Singularidade do Voto "Um homem, um voto", diz o princípio. Independente do número de cotas possuídas, cada cooperado tem direito a apenas um voto. Cada um vale pelo que é e não pelo que tem. 

3 - Controle democrático Na Cooperativa, as decisões devem representar sempre a vontade da maioria.  

4 - Neutralidade Nenhum tipo de discriminação política, social, religiosa ou racial será aceita na cooperativa. Todos são iguais.  

5 - Retorno das sobras A cooperativa não visa lucro, pois sua principal missão é o beneficio do cooperado. Porém, como organização econômica, tem receita e despesas, podendo ter perdas ou sobras. As perdas poderão ser cobertas pelos cooperados, em rateio, bem como as sobras poderão ser distribuídas.

6 - Educação Permanente A realização dos princípios do cooperativismo e dos objetivos da cooperativa requer educação permanente, que as cooperativas devem prover.  

7 - Cooperação Intercooperativa Como o cooperativismo é uma proposta social abrangente, cooperar com outras cooperativas é natural e essencial.

PORQUE FALAMOS EM COOPERATIVA DE CATADORES?
 
Por causa dos inúmeros "Benefícios Sociais e Ambientais" que elas trazem, empregando milhares de pessoas, diminuindo o impacto ambiental pela destinação responsável e ambientalmente correta dos resíduos sólidos urbanos recicláveis. Ou seja, milhares de toneladas deixam de ir para os lixões e aterros sanitários (já superlotados). Há inúmeras vantagens nessa forma de trabalhar, veja as principais:


Segurança para os Cooperados: Por serem mais organizadas do que os catadores, as cooperativas acabam conquistando a simpatia da vizinhança: “Oras, a cooperativa transforma potenciais marginais em trabalhadores comuns”. A vizinhança, por sua vez, tende a retribuir, firmando convênio para coleta de materiais ou simplesmente entregando os recicláveis em seus depósitos.

Os cooperados trabalham em local com estrutura própria para espaço para recebimento e separação de materiais, com roupas e assessórios de proteção individual como: uniformes, luvas, botas, luvas especiais para manipular vidros, madeiras e demais materiais cortantes. Equipamentos estes que diminuem em 90% o risco de infecções adquiridas no manuseio do material. Oferecem também banheiro, refeitório (em muitos casos com direito a almoço).

http://www.ufmg.br/online/arquivos/anexos/catadores-thumb.jpg

Apoio de Grandes Entidades Comerciais:

Grandes redes de comércio preocupadas com o meio ambiente e com o descarte do lixo de sua empresa, destinam em forma de doações todo o material reciclável para as cooperativas organizadas de reciclagem. Para as empresas que possuem essa visão, acaba sendo uma solução mais econômica de descartar seus resíduos e diminuir o impacto ao meio ambiente. (pena que algumas empresas ainda não perceberam essa vantagem, e é nesse vão que a ONG PUERAS entra em ação.)  

Renda Garantida para os Cooperados e suas Famílias:
 
O grande volume de materiais coletados pela cooperativas permite que os preços sejam melhor negociados, seja com indústrias que utilizarão o material como matéria-prima, seja vendendo a atravessadores. Em muitos casos a cooperativa dispensa a presença dos atravessadores, pois possui estrutura suficiente para negociar direto com o cliente final. Benefícios Sociais:

 As principais vantagens de ser um cooperado:

*Retirada de catadores das ruas, dos lixões e de diversas situações insalubres;
*Ingresso ou retorno das crianças à escola;
*Capacitação, e alfabetização dos trabalhadores;
*Trabalho organizado;
*Melhora na auto-estima dos trabalhadores;
*E principalmente: Respeito e Valorização do Ser-Humano.  

Complementando a Renda:

Não é raro ver famíliares de cooperados manufaturando os materiais, transformando-os em peças de artesanato, peças decorativas, mobiliário, dentre outras coisas, e vendendo na própria cooperativa, complementando ainda mais a renda.

Bom, espero que esta publicação tenha dado à vocês uma pequena noção do que são as cooperativas de reciclagem e o bem enorme que elas podem trazer à sociedade e amo meio ambiente. Por hoje é só!

Fonte das estatísticas: How Stuff Works

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Muito Orgulho do Nosso Trabalho.

Nessa publicação daremos enfase à Gestão Ambiental em Eventos, que é uma das áreas que a ONG PUERAS mais se destaca no mercado dentre as áreas que atua. Vamos mostrar o passo à passo do nosso trabalho, e como fazemos na prática desde de a montagem até a desmontagem do evento.
Como dito em postagem anterior, as feiras e eventos são geradoras de toneladas de resíduos sólidos recicláveis, no entanto, a maioria das empresas não tem conhecimento de como estes resíduos são acondicionados na montagem, durante e na desmontagem da feira, tampouco sabem onde estes resíduos vão parar. Acontece que os resíduos, sem o devido gerenciamento, vão parar nos lixões e aterros sanitários sem qualquer cuidado com o meio ambiente. É nesta hora que a Ong Pueras entra com o projeto - "Gestão Ambiental de Eventos".

O projeto – “Gestão Ambiental de Eventos”, visa implementar uma nova cultura de descarte e consumo, tendo como principal atributo à inclusão social de cidadãos que estão à margem da sociedade, sem oportunidade e perspectiva de um futuro melhor. Com a incorporação da Coleta Seletiva nos eventos, o Projeto “Gestão Ambiental de Eventos”, visa o envolvimento de todos: a promotora do evento, expositores, colaboradores, montadores, empresa da limpeza, com este trabalho em parceria de forma transparente, todos poderão acompanhar o processo, desde a disposição dos resíduos nos coletores ao encaminhamento para a cooperativa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO: * Gerar emprego e renda; * Fomentar a responsabilidade social; * Sensibilizar os vizitantes do espaço , para as questões da coleta seletiva * Contribuir para a melhoria do ambiente do evento; * Promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas envolvidas e do público participante do evento. ETAPAS DO PROJETO: * Orientação para os contratados, que farão a montagem e desmontagem do evento. * Reunião com a equipe de limpeza/faxina; * Orientação técnica para os encarregados e empregados da limpeza/faxina; * Recepção dos resíduos (papéis, vidros, plásticos e metais); * Retirada e encaminhamento dos resíduos para a cooperativa de reciclagem; * Levantamento fotográfico; * Elaboração de relatório, e avaliação do Projeto de "Gestão Ambiental dos resíduos". O Projeto é rico em detalhes de como neutralizar o máximo possível dos resíduos gerados nos eventos, encaminhando-os(doando) para cooperativas que beneficiam os materiais recicláveis transformando-os em renda para suas respectivas famílias.

O que podemos dizer com orgulho é que a ONG Pueras é Pioneira e por enquanto a Única a realizar essas atividades.
Ao longo da semana publicaremos ainda mais detalhes, para que todos possam nos conhecer à fundo, e constatar a idoneidade, seriedade e o nosso total comprometimento com o trabalho que desenvolvemos.
Sem mais caros leitores...por hoje é só! ***

segunda-feira, 5 de maio de 2008

EXPOBOR - 05 à 08 de Maio - Expo Center Norte

FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA, MÁQUINAS E ARTEFATOS DE BORRACHA

Abriu hoje a EXPOBOR, e é claro que a ONG PUERAS estará lá realizando gestão ambiental da feira. O trabalho é árduo, mas tráz uma satisfação muito grande pelo dever cumprido tanto para nós quanto para Francal, pois as feiras são geradoras de mais de 10 toneladas de "lixo" na montagem, no durante e na desmontagem da feira, toneladas essas que viram dinheiro depois de passar pelas cooperativas, onde todos os resíduos recicláveis são separados e vendidos, transformando-se em renda para as famílias que trabalham nas cooperativas. Esta é a Usina Solidária funcionando, pois todo o material coletado é doado para as cooperativas.

Vamos à feira:


A EXPOBOR - Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha é o maior encontro do setor da América do Sul e um importante gerador de negócios. A feira, bienal, acontece paralelamente a outros eventos - a RECAUFAIR PNEUSHOW- Feira e Convenção de Pnews e Equipamentos.

O evento reúne empresas das áreas de equipamentos, máquinas, insumos, produtos e serviços voltados à indústria de artefatos de borracha. As áreas de tecnologia, pesquisa laboratorial, análise de compostos, reciclagem, e matéria-prima vêm ganhando mais espaço a cada edição da EXPOBOR, atendendo a uma demanda de seus visitantes. A feira é voltada a profissionais e empresários das indústrias automotiva, de artefatos, calçados, eletro-domésticos, pneumática, petrolífera, siderúrgica, de máquinas e componentes, entre outros.

A programação educativa através dos Congressos demonstra ainda mais a importância deste mercado.

O prestígio da EXPOBOR como importante espaço para reciclagem profissional e evento gerador de negócios, tem atraído cada vez mais expositores e visitantes de diversos países.

EXPOBOR 2008
5 a 8 de maio

Horário:

14 às 21 h


Expo Center Norte

Pavilhão Vermelho

Rua Coronel Marques Ribeiro, 200

Vila Guilherme - CEP: 02068-050
São Paulo - SP - Brasil



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