sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Loja Social vende artesanato para promover geração de renda

Localizada na rua Líbero Badaró, a loja comercializa artigos criados por usuários da rede de serviços socioassistenciais da Prefeitura, ajudando as pessoas a reconquistar a autonomia financeira e promovendo a inclusão social.






Na esquina da rua Líbero Badaró com a avenida São João, centro de São Paulo, uma vitrine colorida chama a atenção daqueles que passam pelo calçadão. Ponto de venda de artesanato, a Loja Social comercializa artigos criados por usuários da rede de serviços socioassistenciais da Prefeitura. Ao todo, 15 entidades sociais ligadas à Administração Municipal expõem e vendem seus produtos na Loja Social, que promove a inclusão social ao ajudar as pessoas a reconquistar a autonomia financeira.

O estabelecimento faz parte do Programa de Incentivo à Rede de Comércio Solidário, da Secretaria Municipal de Assistência Social (Smads), e tem como objetivo incentivar a geração de renda para adolescentes em serviços de proteção jurídica e social, albergados, catadores de material reciclável, deficientes físicos ou mentais, idosos, mães de adolescentes em medidas socioeducativas e mulheres vítimas de violência doméstica.
No local, os consumidores encontram itens de qualidade que vão do decorativo às utilidades domésticas. A maioria dos produtos é elaborada a partir do reaproveitamento de materiais, alguns recicláveis, e encantam quem os vê pela originalidade e qualidade do acabamento. Entre os principais produtos estão luminárias de papel, bijuterias feitas com jornal e botões, toalhas de mesa, panos de prato pintados à mão, blocos de anotação de papel reciclado e muitos outros artigos que são renovados periodicamente.

O preço de cada item é definido pelas próprias entidades sociais e o valor obtido com a venda é integralmente repassado para ser usado na compra de matérias-primas e na divisão entre os artesãos. Maria Aparecida Silva, da ONG Arte e Luz da Rua, trabalha uma vez por semana na loja e diz que participar da oficina ajuda a devolver a dignidade para as pessoas em situação de rua. “A oficina de luminárias de bagaço de cana ajuda a incluir esses indivíduos na sociedade. Aos poucos, eles aprendem uma atividade e começam a procurar outros caminhos que não o da rua e das drogas”, conta Maria Aparecida, que há sete anos se abrigou em um dos Centros de Acolhida da Prefeitura.
Capacitação profissional

Todas as ONGs que participam do Programa de Incentivo à Rede de Comércio Solidário atendem pessoas excluídas do mercado de trabalho e oferecem capacitação profissional para propiciar a autonomia financeira. No núcleo de Defesa e Convivência da Mulher, a Associação Fala Mulher oferece oficinas de patchwork e de tecelagem a mulheres vítimas de violência doméstica, em situação de vulnerabilidade social ou envolvidas com prostituição na região central de São Paulo.

Renata Felintro de Carvalho, educadora da ONG Fala Mulher, esclarece que, durante as ações em grupo, as 48 participantes trocam experiências e passam a encarar a produção das peças como uma oportunidade de mudar a realidade na qual se encontram. “A auto-estima delas muda a partir do momento em que começam a ver o resultado das oficinas. Nós incentivamos que elas multipliquem essa aptidão e não fiquem presas ao projeto. Aqui é apenas o início”, relata a educadora.
Outro trabalho interessante é o desenvolvido pela Oficina de Artes Boracea, primeira ONG fundada e administrada por ex-moradores de rua. Os produtos feitos com jornal enrolado e tingido com tinta guache fazem sucesso com os clientes e já renderam o Prêmio Planeta Casa, da revista Casa Cláudia.
Os artesãos se dividem para enrolar os canudos, tingi-los e dar forma às bijuterias, luminárias, chaveiros, entre outros produtos. “Há seis meses eu participo da Oficina de Artes Boracea. Lá eu aprendi a fazer trabalhos com material reciclável e a não desperdiçar nada. É um estudo, uma terapia. É maravilhoso. Você começa a trabalhar e descobre uma nova aptidão. Atualmente eu me considero um artesão”, afirma Mauro José Braz, hoje afiliado da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), entidade do Governo do Estado.

Em 2009, a produção dos artesãos da Loja Social esteve à venda em importantes endereços como o Conjunto Nacional, na avenida Paulista, no Clube Pinheiros e, aos sábados, na praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Este último endereço é reconhecido pelos admiradores de artesanato como ponto de visita obrigatório. Quem tiver interesse em conhecer os produtos poderá visitar a Loja Social de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, na rua Líbero Badaró, 561 – Centro.

fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br

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