A maioria dos plásticos produzidos no mundo são sintéticos, compostos derivados de petróleo e demoram de 200-400 anos ou mais para se degradarem. No Brasil a produção é de 4,2 milhões de toneladas por ano.
O problema maior dessa grande demanda é que estudos mostram que somente 15% dos plásticos de uso comum são reciclados, devido à dificuldade para separar a grande diversidade existente, custos de lavagem, contaminação de água/tratamento de efluentes, elevados custos de logística para transporte e manuseio desses materiais.
As pesquisas iniciais na busca de materiais biodegradáveis começaram há muito tempo. Vários produtos estão no mercado há mais de uma década. Recentemente a biotecnologia demonstrou a grandes avanços na obtenção e produção de materiais plásticos biodegradáveis/compostáveis provenientes de fontes agrícolas renováveis.
Técnicas em biotecnologia incluindo fermentação, microbiologia, polimerização, nanotecnologia, modificação de óleos vegetais, amidos, celulose, combinadas com a química tradicional baseada em produtos naturais e a síntese de polímeros estão possibilitando a inserção no mercado de diversos novos materiais termoplásticos e compósitos naturais como alternativas economicamente viáveis aos materiais provenientes de recursos fosseis não renováveis, como os derivados de petróleo, quando observado a analise ciclo de vida desses materiais e seus impactos ambientais.
Neste panorama, o "plástico biodegradável", aparece como uma tecnologia emergente e uma grande alternativa para a agricultura, para a indústria e o meio ambiente, tem sido alvo de atenções como um material polimérico que não sobrecarrega o meio ambiente. Também por sua natureza de se harmonizar com os organismos, tem gerado expectativas por novos desdobramentos na área de biologia e medicina, no papel de material funcional orgânico (biomaterial).
A indústria de bioplásticos, a nível mundial, assinou um acordo unilateral de “não utilização de transgênicos”, ou seja, fontes agrícolas geneticamente modificadas (GMO) como matérias-primas para obtenção de biopolímeros e derivados.
Numa época em que ocorre o aquecimento global do planeta, a exaustão dos recursos fósseis se aproxima, ou seja, uma deterioração do ambiente terrestre, busca-se com mais ênfase uma solução alternativa a escalada de preços dos derivados de petróleo. Entre as linhas mestras da estratégia biotecnológica, lançada recentemente, pode-se encontrar o "plástico biodegradável" como um dos itens para a utilização eficaz da biomassa.
Muitos paises estão suportados por políticas governamentais objetivando a pesquisa e o desenvolvimento desse mercado, apoiados em legislação competente que formam a base para eficiência na utilização desses materiais. No cenário mundial aparece com destaque a Europa (Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Áustria, Uk, Polônia e Itália) com mais de 1600 produtos comerciais certificados no mercado, o Japão e Austrália com 1200 certificados emitidos, USA e Canadá com mais de 600.
Embora já exista legislação específica sobre o assunto em muitos paises, a cadeia produtiva ainda esta se organizando e o processo de criação de entidades “certificadoras” e a adoção de padrões internacionais estão ocorrendo conforme o desenvolvimento local do mercado. Concretamente existem muitos outros paises com iniciativas de ampliação de utilização e articulação da política industrial integradas ao tratamento de resíduos sólidos e programas de lixo zero.
O processo de “biodegradação e compostabilidade” já são familiares a muitas pessoas como sendo a característica de substâncias naturais serem assimiladas por microrganismos presentes no solo em um ciclo natural curto até o seu desaparecimento completo.
O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.
A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções.
Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico. Outro dia , entrei numa loja pra comprar um cd da Alanis Morissette, e como eu sempre ando de mochila pra justamente carregar TUDO dentro dela, meus planos era colocar o cd na mochila, mas a moça do caixa me disse que pra sair com o cd de dentro da loja, eu teria que colocá-la dentro da sacola, a fim de o segurança "não pensar que eu estaria roubando o cd"...rsrsrs, pode? Eu questionei se não adiantaria eu apresentar a nota fiscal do cd pro segurança, e a moça me disse que eram regras da loja...enfim, eu recusei a sacolinha, deixando-a em cima do caixa, coloquei o cd na mochila e saí tranquilamente sem que ninguém viesse me incomodar.
DICA ESPERTA: Uma das soluções para deixar de usar as quase inevitáveis sacolas de plástico sintético na hora de fazer suas compras é ter sempre na bolsa ou na mochila uma 'ECOBAG'.
Geralmente feitas com reaproveitamento de tecidos, ou de algodão ecológicamente correto, elas são leves, fáceis de carregar por serem dobráveis, e não ocupam espaço na bolsa. Garanto que você não vai se arrepender.
Texto: André Trigueiro - Jornalista e Pós-Graduado em Meio Ambiente, com adaptação de Giselle Vergna - Autora do Blog PUERAS.
Fontes: Instituto Aqualung
Biomater - Bioplásticos
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