terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

EMBALAGENS SUSTENTÁVEIS: Brasil e Alemanha trabalham em mais uma parceria estratégica

O mercado de embalagens sustentáveis produzidas com a utilização de recursos renováveis tem registrado atualmente um alto índice de crescimento. Estima-se que expansão desse mercado será de 50% até 2014, o que significaria um aumento de 32% em comparação aos dados de 2009. A indústria de alimentos, em particular, tem uma grande demanda por esses sistemas de embalagem.

Instituções de pesquisa europeias e brasileiras, sob a égide do Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação 2010/11, já comecaram a trabalhar no desenvolvimento de diferentes soluções em embalagens para a indústria alimentícia, assim como suas aplicações técnicas. A iniciativa inclui o Instituto Fraunhofer IVV para Engenharia e Processamento de Embalagens da Alemanha, o ITENE - Instituto Tecnológico de Embalagem, Transporte e Logística da Espanha e o ITERG - Institut des Corps Gras da França. Da parte brasileira, participam o SENAI CIMATE, uma organização de pesquisa no campo dos polímeros e o ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos.

A cooperação entre os parceiros da indústria europeia e brasileira deverá trabalhar no intuito de viabilizar a rápida implementação dos novos desenvolvimentos. Esses deverão utilizar apenas recursos renováveis, sem que haja disputa entre os produtores de alimentos e a conservação de florestas primárias. Atualmente, a maior parte das embalagens ainda utilizam películas de combustíveis fósseis, nas quais camadas de polímeros dificilmente podem ser separadas em razão da sua aplicação, limitando as possibilidades de reciclagem do produto.

A matéria prima selecionada e já utilizada no Brasil ainda não é utilizada em larga escala, apesar de oferecer grande potencial no que diz respeito aos recursos biogênicos. No entanto, isso deve mudar, pois através da utilização desses recursos não apenas se abre um novo canal de comércio para o país, como também viabiliza-se na indústria de embalagens um material com grande disponibilidade. Até o momento o acesso a materiais de origem biológica é um dos maiores problemas para o uso em larga escala.

No final do ano passado, uma delegação do Fraunhofer IVV visitou o ITAL em Campinas e o SENAI CIMATEC em Salvador, no intuito de explorar a cooperação nas áreas de produção e modificação de matéria prima vegetal, assim como o processamento de seus sistemas de embalagem. Os pesquisadores também discutiram uma subsequente caracterização dos sistemas. A viagem foi o primeiro passo para o aprofundamento da cooperação entre os institutos de pesquisa. No entanto, vale ressaltar que já existe uma proposta de financiamento de um projeto da União Europeia para o desenvolvimento de sistemas sustentáveis de embalagens.


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